Veja só a carta dela.
“Marcelo,
Escrevo este e-mail para dizer que está tudo acabado entre nós! Eu sei que você vai achar minha atitude repentina. Mas este é uma prevenção que estou tomando contra a possível sacanagem que você irá fazer comigo no futuro.
Explico: desde que nos conhecemos, você sempre foi muito gentil comigo. No nosso primeiro encontro, você abriu a porta do carro para que eu pudesse entrar e puxou a cadeira na mesa do restaurante para eu me sentasse. Você prestava muita atenção no que falava, mesmo que fosse besteira. Fiquei logo desconfiada!
Mesmo com uma pulga atrás da orelha, aceitei que a gente saísse outras vezes. Você sempre com umas manias estranhas: beijava-me as mãos, dizia que eu era bonita e inteligente, elogiava o meu vestido e meu corte de cabelo. À vezes não acreditava no que estava vendo e ouvindo…
Isso sem falar de como você é bem cuidado. Super elegante, cabelo bem contado, sempre cheiroso e barbeado. Nosso programas sempre eram nos melhores restaurantes, barzinhos da moda, teatro com artista da Globo e depois degustar aquele vinho da melhor qualidade… nooooossaaaa!
E aquele hotel na praia ma-ra-vi-lho-so que você me levou naquele feriado? Cinco estrelas! Isso sem falar nos passeios de lancha. À noite, naquele quarto imenso, transamos pela primeira vez depois daquela massagem que você me aplicou. Tive vários orgasmos, porque brincamos a noite toda! Aquilo pra mim foi a gota d’água, Marcelo! Arrumei minha mala de madrugada e saí de fininho, enquanto você dormia.
Fala sério! Quem é sua família? O Papai Noel e o Coelhinho da Páscoa? No começo, com tanta gentileza, pensei que você era gay. Depois daquela noite de amor, vi que não era. Fique com a certeza de que, no mínimo, você é um ET! Ou então um DUENDE! Não existe homem assim, Marcelo! Tá pensando que eu sou besta? E essa sua conversinha de noivado, com anel de brilhante e tudo, tá pensando que me engana? O que é que você queria de mim, afinal? Ia me abandonar para voltar ao seu planeta?
Adeus, Marcelo! Vou voltar para o Paulinho que é barrigudo, fala alto, arrota, coça o saco, que só me leva para o futebol, beija mal e só transa durante quarenta segundos. Mas pelo menos existe! Por favor, não me procure mais! E peça a piloto do seu helicóptero para não jogar mais aquelas rosas vermelhas sobre a minha casa, viu!
Me Esquece,
Claudineite”
Vá entender essa raça!!!
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